quinta-feira, 22 de março de 2012

Esses meus pensamentos...

Às vezes, eu fico me perguntando se você tem curiosidade de saber algo sobre mim. Eu não deveria, eu sei, contudo, torna-se mais forte do que eu pensar sobre isso. Eu me pergunto diversas vezes se você se preocupa com o meu bem-estar. Para os outros é uma resposta simples e clara: não, ele não se preocupa. Porém, não sei dizer com certeza. Claro que pode ser o meu próprio cérebro tentando fugir ao fato de que você não se importa mais, porque pensar nisso como hipótese me fere de uma forma que você nem pode imaginar. Entretanto, não é mais uma hipótese. É praticamente um fato.
Eu fiz aniversário, você sabia? Eu completei mais um ano aqui na terra, mais um ano te amando e desejando fazer parte da sua vida. Eu sabia que você não iria me parabenizar. Mas aquele meu pedaço, que é só teu e sempre vai ser, ficou esperando, durante todo o dia, por uma ligação ou mensagem tua. Esse pedaço queria fazer meus olhos marejarem ao ler o teu “Parabéns.” Você poderia não ter escrito mais nada, nada mesmo. Se você houvesse escrito apenas essa palavra, meu mundo teria ganho cor novamente; minha esperança seria renovada; você não só teria regado esse teu pedaço que tem dentro do meu peito como também teria regado a minha alma. Mas você não o fez, não é? Você ignorou essa data, pois era mais um dia da tua vida perfeita e, é claro, que você não iria gastar 10 segundos do seu tempo para dar os parabéns para alguém tão insignificante quando eu.
Eu lembro do seu aniversário. Lembro como eu fiz de tudo para memorizar a data dado o meu esquecimento em relação à essas coisas. Eu fiquei ansiosa esperando o momento de falar contigo e, quando chegou, lembro de ter ligado para você. Você sabia que eu odeio ligar para as pessoas para dar parabéns? Eu odeio. Não sei parabenizar ninguém. Sempre fico sem graça e, quando acabam os votos, fica aquele vazio de falta de assunto. Mas com você não. Eu não temi. Eu digitei o teu número com felicidade, ansiando ouvir a tua voz. Depois de te parabenizar, ficamos conversando com aquele nossa velha intimidade; um assunto após o outro, sem fim. Que falta eu sinto disso… Você não faz ideia.
Lembra quando eu dizia que a sua voz era sexy por telefone? Eu lembro bem. Você estava formando a voz, mudando de garotinho para homem. Eu dizia: “Amor, sua voz está tão sexy no telefone. Continua falando.” Eu era bobinha. Mas você também era. Dizia que a minha voz era muito boa também, e ficávamos ambos lá, admirando ambas as vozes. Eu lembro de fechar os olhos e usar a tua como uma espécie de canção para dormir (nossas conversas rendiam até a madrugada).
Mas isso acabou, não é mesmo? Essa espera idiota que às vezes tem dentro de mim é muito tola. Eu não sei no que ela se baseia. No amor? Ele está poluído, machucado, derrotado e abandonado. Não acredito que tenha forças para tanto. Não, ele tem. Infelizmente ele tem. Sabe, tenho vergonha de mim mesma por admitir isso sabendo que não haverá mais retornos, mas é verdade: eu te amo demais. Demais. Meu amor por você não acaba, não some. Fica aqui, preso dentro de mim. De vez em quando ele sossega, é claro, se não, não há coração que aguente. Eu aprendi a controlá-lo por bastante tempo, mas tem vezes que ele escapa de minha mão e arde aqui dentro. Vem uma saudade louca e uma necessidade enorme de você. Quando eu não consigo controlá-lo de imediato, ele fere.
Se eu tenho vontade de saber como você está? Muita! Eu queria saber se está se dedicando aos estudos, como você disse que faria. Queria te ajudar a fazer isso, porque, você sabe, eu conseguiria te manter focado e isso não seria um estorvo na minha vida, seria maravilhoso. Eu queria poder contar para você as coisas que andam acontecendo comigo. As boas e as ruins. Queria poder chorar contigo mais uma vez. Queria que tu me abraçasse de novo por medo da distância. Eu gostaria de compartilhar tanta coisa contigo… E eu não posso nem saber se você está bem. Eu não sei mais quando você está doente, quando tem uma gripe, quando está se entupindo de porcarias para ficar maior, mesmo não precisando. Não sei se está tomando a quantidade de água que tem que tomar ou se ainda está com a boca toda ressecada por dormir todos os dias no ar. Conhecendo você como conheço, sim você está. E eu queria poder ver tudo isso. Queria poder brigar contigo por isso. Queria te mandar beber água no meio das nossas conversas. Eu queria poder conversar com você ainda, amor. Nossa, como eu queria. Se eu pudesse voltar no tempo e reviver pelo menos um dia desses nossos tempos felizes, eu faria. Eu sinto muita falta disso, você não faz ideia. Eu me engano a todo o tempo fingindo que você não está mais aqui, mas você está. Sempre vai estar. Eu sou louca por você. Sempre fui. Eu tento muito não olhar pra trás, seguir a vida já que você não deveria mais fazer parte dela, mas eu não consigo. É tão difícil! Eu vejo as pessoas dizendo dos seus melhores amigos por aí, contando as coisas que passam com eles e eu lembro que eu não tenho mais isso. Eu não tenho mais o meu melhor amigo. Como pode uma coisa dessas? Eu nunca na minha vida pensei que um dia fosse escrever essas palavras! Nunca! E agora eu estou aqui, implorando para ninguém pela tua volta. Eu sei que você não lerá isso. Você nunca lerá nada do que eu escrevi para você. Nada! Tudo bem, eu nunca escrevi com esse intuito, mas saber que você leu significaria que você ainda se importa. Eu preciso tanto do teu sorriso de novo; das tuas gírias idiotas que eu nunca entendia; dos teus erros de português que eu adorava corrigir; preciso da sua inteligência e da sua praticidade; preciso dos teus conselhos e preciso da tua vontade de querer minha credibilidade e confiança de volta. Eu preciso tanto, amor, tanto! Você não faz ideia do que a tua ausência me faz. Eu tento todos os dias sair disso, me curar, viver a vida, mas você não está aqui. Como você pode não estar mais aqui? Você prometeu que sempre estaria. Por que você prometeu se não pretendia cumprir? Eu queria odiar você, mas é impossível odiar alguém por quem eu daria a vida. Você sabe disso? Eu daria a vida por você. Sem pestanejar. Às vezes, eu fico imaginando se um dia alguém chega para mim e diz que aconteceu alguma coisa séria contigo, um acidente, sei lá, ou até coisa pior. Nossa, eu acho que meu coração para no mesmo instante. Eu não vou aguentar. Claro que não. Só de pensar nisso perco o ar.
Chega. Eu disse tudo o que eu não deveria dizer. Mas eu não ligo. Você não vai ler. Eu escrevo isso para mim, na verdade. Para criar essa ilusão idiota de que estou dizendo todas as coisas para você. Elas nunca irã ser lidas nem ouvidas pelo real destinatário delas.

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