sábado, 5 de janeiro de 2013


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A gente se trai porque sentimos falta do que mais ansiamos em descartar. Presenciamos essa nova realidade de verdades e ceticismo e percebemos que a magia deveria estar de volta. Talvez seja o famoso vício em sofrer que a Tati Bernardi tanto falou. Nos apegamos àquilo que nos faz mal; nos corroemos por dentro enquanto não o temos de volta. A gente chora e se descabela quando ele vai embora, implorando aos céus pelo seu retorno. Ele retorna e a gente só quer distância, pois sabemos que é suicídio começar tudo de novo. Então voltamos a implorar, só que agora para esquecermos a sua existência. Depois de tanto clamar, passa. Você se vê em paz, finalmente. E não fica bem, não é mesmo? Porque viver na paz traz uma sensação de estagnação na vida. Como se estivéssemos deixando de viver o que se há de melhor para viver. Então tornamos a sentir falta da dor, da lágrima, só pela necessidade de sentir algo. Que lástima é optar pelo sofrimento só porque não nos é dada a benção do amor correspondido.

2 comentários:

  1. E quão doloroso é se ler no seu texto.
    Ainda assim acredito que a felicidade dependa - e muito!- da tristeza pra existir.
    O triste também é belo.
    Dosado, sempre.

    Beijos (uma delícia te ver sorrir)!

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  2. Eu sou a primeira a concordar com isso, você sabe bem. hah

    Obrigada, minha linda Pauleta !

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