A gente acaba descobrindo que é fácil ser feliz. Jogamos as preocupações bestas pela janela, passando a focar no que realmente importa. Sorrir pelo sorriso do outro.
Fecha os olhos e sente o toque, se envolve, se aconchega. Isso basta, isso é felicidade. Isso é viver sem pressa, sem reclusa. É dar e receber. É ser e estar. É perceber e não julgar. É aceitar e perdoar.
A ferida sangrou, mas a gente soube curar porque faz parte da vida passar por chagas antes de entrar em estado de graça. Se passássemos a vida inteira sorrindo, não haveria maxilar que aguentasse. A mesmice faz desabar a maior das perfeições.
Nada como um furacão antes de um arco-íris.
E que furacão devastador.
Veio e pensei que fosse me tirar a vida.
Arrancou meu fôlego, drenou meu corpo, liquidou minhas esperanças, arruinou meu riso.
Mas que arco-íris divino. Veio com tanto sorriso, meiguice. Trouxe luz, paz, aconchego, fogo, beijo. Veio com paixão que gruda e não larga. Umas garras enormes que grudaram em mim e eu não consigo nem ter vontade de tirar. Faz com que eu olhe pra trás e não consiga mais enxergar toda a destruição do furacão. Meu arco-íris reconstruiu tudo, e de um jeito bem melhor.
Eu tentei fugir e não deu. É muita luz e tão magnética que eu sei que não dá pra resistir. Fiquei. Ficou. Ficamos nós nesse brilho; cegos, malucos, insanos.
Criamos a nossa cidade interna e particular. Criamos o nosso lar e iluminamos cada pedaço dele. Seja com fogo, seja com calmaria.
Sempre há mais sorrisos do que lágrimas.
Muito beijo e mordida. Quando beijo e mordida.
E tudo. E mais nada.
A gente não precisa mais de nada, só da gente mesmo.
“If you only knew
What the future holds
After a hurricane
Comes a rainbow
Maybe a reason why
All the doors were closed
So you could open one
That leads you to the perfect road”
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