terça-feira, 9 de outubro de 2012

A verdadeira essência de si mesmo

Se for para voar dos meus braços, que seja para um lugar melhor. Que o teu pouso seja seguro e construtivo, da mesma forma que foi comigo. Espero que a tua decência não te impeça de seguir em frente. Lembre-se que você é livre para viver e ser feliz novamente. Quando partir, porém, deixe-me o teu sorriso. Prometo guarda-lo com todo o zelo do mundo, pois, como diz na música Dos dias depois de amanhã, do Fernando Anitelli, “Teu sorriso eu vou deixar na estante para eu ter um dia melhor.” Que a magia deste invada qualquer ausência deixada por ti e que eu volte a transbordar da mais pura alegria que um ser humano pode sentir.
A caminhada só é trágica quando nos deixamos levar pelo que falta nela. A verdade é que não falta nada, pois temos a nós mesmos, e com isso, temos o todo. Mesmo que às vezes até esse todo tenha se curvado e perdido um pedaço de si. Reconstrua-se, então, tendo tudo ou nada ao redor. Ajoelhe e ore por misericórdia. Olhe para si mesmo e lute contra o que te possui e te faz ser menos seu e mais dos outros. Ninguém liga para a essência, de qualquer forma. A essência é tua. Você a valoriza e a modela. Qual o sentido? Todos os sentidos do mundo, pois ninguém é mais importante do que você mesmo.
Então eu me olho primeiro e sinto minha falta antes de pensar em sentir a tua. Se aqui, comigo, rodeado de todo o afeto que pude te envolver, você não quis ficar, não merece meu tempo de lamentações dedicado a ti. E que o vago te cubra por um tempo para que tu percebas o teu erro, nem que essa percepção dure apenas uma noite. Depois você vai ter o mundo nos teus braços novamente. Porém, sem o sorriso. Este ficou comigo como um presente de consolação; uma lembrança do que eu não possuo mais em minhas mãos.



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